quarta-feira, 25 de março de 2009

Na Natureza Selvagem

Para mim, este é um dos melhores filmes que eu já assisti na vida. Se você nunca teve vontade de queimar todo seu dinheiro, acabar com seus cartões de crédito e documentos, vai ficar agora. Ou no mínimo vai ficar com vontade de arrumar as malas e viajar pra qualquer lugar. Este filme conta a históra real de Christopher Johnson MacCandless que, depois de terminar a faculdade, resolveu virar andarilho e viver algum tempo no Alasca. Para ele um homem apenas conseguia ser feliz quando se desprendia de toda a sociedade. Ele foi influenciado por alguns escritores como Tolstoi e Thoreau. Thoreau amava a natureza e odiava notícias. Se recusava a pagar impostos e não gostava de "boas maneiras". Eu concordo com muitos pensamentos citados no filme e com alguns ideais de Thoreau por exemplo. Realmente vivemos numa sociedade hipócrita, materialista e onde todos vivem uma mentira. Mas no final do filme, percebemos que apesar de tudo isso, fomos criados para viver em sociedade. Christopher procurava a solução do seu vazio na natureza, que infelizmente foi muito cruel com ele. No final, pouco antes de morrer, ele escreve : "Hapiness is only real when shared", ou seja, " a felicidade só é verdadeira quando compartilhada". Além de tudo isso, a trilha sonora é composta pelas músicas do cd do Eddie Vedder, que leva o mesmo nome do filme Into de Wild.

sábado, 14 de março de 2009

Você fala "errado"?

Eu não sei se é com todo mundo que acontece isso, mas ultimamente estou sendo bombardeada por um turbilhão de informações e novos paradigmas, o que ás vezes me assusta. Quando a gente baixa alguma coisa na internet é muito fácil. A gente organiza tudo em pastas e fica tudo guardado lá no computador. Mas e com as informações que a gente quarda dentro da gente? Organiza em pastas também? Bom, não sei. Como estudante do curso de Letras, tive que largar a maioria dos velhos paradigmas para deixar espaço para os novos. Um exemplo é a questão da gramática e as suas picuinhas. Todo mundo está acostumado com aquela professora de português que fica te corrigindo a aula inteira falando que isso ou aquilo está errado. Na verdade as coisas não funcionam bem assim. Esse tipo de pensamento apenas faz com que a gente se prenda num mundinho de preconceitos culturais e linguísticos. Até porque na própria gramática existem várias contradições. Eu bem que imaginava que as coisas não funcionavam bem assim. Como eu nasci na cidade de Piracicaba, convivi toda a minha infância ouvindo o sotaque caipira típico piracicabano e ouvindo muito meu pai e meus avós falando sobre o Cururu. O Cururu é um desafio cantado, basicamente tocado com a viola em que os cantadores fazem a letra na hora. Meu tio avô Nhô Serra era muito correcido na região. E eu como ainda era muito nova pra entender essas coisas, pra mim era um monte de caipira falando "errado" e eu falava: não, eu quero é rock! Hoje eu entendo que se eles cantassem tudo aquilo como as pessoas acreditam que seja o "certo", o cururu não seria o cururu. São essas particularidades no modo de falar que fazem a cultura de uma região. Esse não é o jeito errado. É apenas um jeito diferente. Um desses cantadores de cururu, chamado Pedro Chiquito, explicou de uma forma poética e com o vocabulário típico, de onde surgiu o cururu:

"Me falô os antepassado
De uma lenda que existiu:
Santo Onofre e São Gonçalo
Um dia esses dois reuniu.
Da barba de São Gonçalo
Retiraram 12 fio;
Encordoaro na viola
Com toêra e canotio.
Desse dia por diante
Foi que o cururu existiu."

Mas não se preocupe. Assim como dizia Thoreau, "nunca é tarde para abrirmos mão dos nossos preconceitos."

sexta-feira, 6 de março de 2009

Le Fabuleux Destin D'Amelie Poulain



Quem já viu o filme, se deparou com uma maravilhosa fotografia, principalmente nas cenas dos casais tendo orgasmo e da infância de Amelie. Além disso, existem aquelas partes em que algum personagem é apresentado e aparece o que ele mais gosta, e alguns o que não gostam. Mas eu não quero falar sobre o filme, até porque a internet está cheia de blogs falando dele. Uma das coisas que me chamou atenção foi a trilha sonora, que foge de tudo o que já estamos acostumados a ouvir. O responsável por esta proeza é o multiinstrumentista francês Yann Tiersen. Suas músicas nos fazem sentir uma felicidade melancólica, ou uma melancolia alegre, enfim. É bom a gente dar uma olhada pra jugir um pouco da mesmice que anda nos perseguindo todos os dias.



E é claro a maravilhosa La Valse d'Amelie. Vale a pena conferir a versão com o acordeon também.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Esperanza

Tá eu confesso. Eu acho jazz chato, ás vezes. Mas não é por isso que eu deixo de apreciar bons músicos. Esperanza Spalding é um exemplo. Ela canta e toca esse tal de "celo" aí, um instrumento sem trastes. Como alguém pode adivinhar as notas assim?

Quem Quer Ser Milionário?


Confesso que quando vi o trailer, ainda não sabia porque esse filme tinha ganhado tantos oscars. Mas quando vi, assim como o livro da nigeriana, me tocou profundamente. Não pela historinha romãntica sem pé nem cabeça que nos fizeram engolir, mas pelas dificuldades que os personagens passavam no ambiente hostil e violento da favela.

Há quem diga que quem vive na favela não tem cultura. Esse filme prova que não existe ser humano no mundo sem cultura. Não existe o jeito certo e o errado de falar, de pensar, de viver. A intenção foi boa, mas quando acabou o filme tive uma sensação estranha. Final feliz, música alegre, todo mundo dançando. Estranho. Mas valeu a tentativa.

Diferenças Culturais


Ultimamente as diferenças culturais andam bem em evidência em filmes, livros e inclusive na música. Eu ando assustada com as coisas que vejo. Assustada no bom sentido. É quando você descobre as coisas e diz: "Como eu ainda não sabia disso?" O estranhamento é comum, já que as minhas preocupações não passam de contas que eu tenho que pagar. Mas, independente do país que vivemos e da cultura que temos, existe em todos algo em comum. Estamos todos a procura da felicidade.


Eu, Safiya


Safiya Hussaini Tungar Tudu, 37 anos, mulher, negra, pobre, nigeriana.

Seu crime: ter tido uma filha fora do casamento. A sentença: ser enterrada até o pescoço, e apedrejada até a morte.





Eu, Safiya, é a história real e dramática de uma africana que pelo simples motivo de querer estar viva e poder ver crescer sua filha, ousou afrontar as leis impostas às mulheres muçulmanas.

Depois de ler esse livro, percebemos que realmente não sabemos nem metade do que acontece no mundo. Alguns acabam sofrendo apenas por questões políticas.

domingo, 1 de março de 2009

Melro Preto

Já ouviu o canto do Melro Preto?Não, você não tem coragem de trocar o barulho da buzina do carro por um barulho chato de passarinho, não é? Eu sei. Ele realmente não tem nada de diferente dos outros pássaros. Ninguém sai na internet procurando canto de pássaro.
Estão muito ocupadas fazendo outras coisas...Mas não se preocupe. Este não é "O Blog do Melro Preto". É o blog do "troque o som da buzina do carro pelo canto de um pássaro pelo menos uma vez na vida!".

Talvez encontre no seu canto toda a beleza da vida.

A música pode aliviar qualquer dor.

Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise.
Blackbird singing in the dead of night
Take these sunken eyes and learn to see
All your life
You were only waiting for this moment to be free.
Blackbird fly Blackbird fly
Into the light of the dark black night.
Blackbird fly Blackbird fly
Into the light of the dark black night.
Blackbird singing in the dead of night
Take these broken wings and learn to fly
All your life
You were only waiting for this moment to arise
You were only waiting for this moment to arise
You were only waiting for this moment to arise.